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Priscila foi encontrada morta em seu carro na capital — Foto: Arquivo Pessoal
Priscila foi encontrada morta em seu carro na capital — Foto: Arquivo Pessoal
A Polícia Civil identificou elementos que ligam o ex-marido à morte de Priscila Gonçalves Almeida da Silva, encontrada carbonizada dentro do carro dela em São Paulo. A professora morava em São José dos Campos e ele não aceitava o fim da relação. Ele está preso temporariamente desde quarta-feira (19) no 2º DP na capital paulista.
A delegada delegada Magali Celeghin Vaz, da 1ª delegacia do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), conta que ele nega o crime, mas a investigação contesta a versão.
“Ele diz que não sabe como aconteceu. Disse que parou na estrada para urinar e ela saiu com o veículo porque ele deixou a chave na ignição. O telefone dele foi encontrado a seis quilômetros do veículo carbonizado. Ele disse que não sabe como apareceu lá”, conta.
“Além disso, em perícia na casa dele foram encontradas cervejas de uma marca que não é tão comum. E no local, de frente com o carro carbonizado, tinha uma garrafa dessa mesma cerveja.Todos os laudos periciais apontam a ele. Estamos só aguardando exames periciais como o DNA para finalizar a investigação”, conclui a delegada.
Ele foi preso no bairro de Ermelino Matarazzo por policiais do 62º DP, após uma denúncia anônima (veja vídeo abaixo).
Priscila, de 28 anos, saiu de casa no dia 17 de julho para fazer compras em um supermercado próximo da casa onde morava com os dois filhos. Segundo a família, ela deixou o imóvel no fim da tarde e não deu mais notícias.

Ex-marido suspeito de matar professora de São José é preso em São Paulo
Por volta de meia-noite, estranhando a falta de notícias, o irmão acionou a polícia e família começou as buscas por ela. O pai de Priscila, Rodolfo da Cruz, encontrou um registro do carro dela passando por um radar na capital.
Na manhã seguinte, policiais encontraram o veículo em uma estrada no bairro Jardim Ângela. O carro estava completamente queimado e o corpo de Priscila estava no banco de trás.
Não foi possível fazer o reconhecimento visual da vítima ou por arcada dentária devido ao estado do dano causado pelo fogo.
Priscila foi casada por oito anos com ex-companheiro, de 34 anos. Com ele teve dois filhos, meninos de seis e nove anos. Ela havia se separado um mês antes do crime e, segundo a família, ele não aceitava a separação.
O advogado Gilson Aparecido dos Santos informou que o pai de Priscila entrou com uma ação de emancipação de tutela na Justiça pedindo a guarda dos netos.
Após a identificação do corpo, a família organizou um ato em memória de Priscila e um protesto contra o feminicídio.