
O presidente do Peru, Martin Vizcarra, anunciou nesta quarta-feira (13) que o país entrou na última etapa do estado de emergência nacional decretado devido à pandemia da Covid-19, apesar dos 4.247 novos casos de coronavírus registrados hoje, o maior número diário desde o começo da crise sanitária.
Vizcarra declarou que o total de pessoas infectadas no país já ultrapassou 76 mil, mas que todas as análises de especialistas estatais e da iniciativa privada indicam que o número de infecções atingiu o pico e que o impacto começará a diminuir lentamente.
O chefe de governo explicou que durante o último mês foi feito um “grande esforço” para testar mais de 500 mil peruanos e agora eles estão trabalhando para atacar os pontos com altas taxas de contágio, localizados em mercados populares, filas para atendimento em bancos e transporte público.
Após três dias sem fazer uma apresentação pública, Vizcarra negou os boatos que diziam que ele havia sido infectado pelo vírus SARS-CoV-2 e que inclusive estava internado uma clínica.
O presidente afirmou que os números da doença em território peruano são muito menores do que em outros países do mundo. e agora as autoridades e a população devem se preocupar em estabilizá-los.
“Como já apontam as análises feitas pelo governo, mas também por pesquisadores privados e independentes, o nosso país já atingiu o topo, o pico, e este lento nível de declínio está começando, que é o que estávamos esperando”, enfatizou.
Ministro da Saúde
O presidente também ratificou seu apoio ao ministro da Saúde, Victor Mayorga, cuja demissão foi pedida nesta semana pelos líderes da Associação Médica Peruana (CMP), após declarar que os médicos que estão doentes de Covid-19 são iguais a qualquer outra pessoa perante a lei.
“O que é preciso aqui é unidade entre todos os peruanos. Eu atesto o grande esforço que o ministro da Saúde está fazendo, ele trabalha incansavelmente”, frisou.
Vizcarra considerou que a frase foi “inoportuna” e que deveria ser deixada de lado em prol de um esforço para conter o avanço da pandemia. “O vírus é o inimigo. Já passamos pela fase mais difícil, não estamos desunidos nesta fase”, finalizou.
* Com EFE