Nas feiras desafio é deixar produtos firme até a hora de irem para a casa do consumidor. Na plantação sol queima as verduras. Calor afeta produção de hortaliças no Alto Tietê
O calor extremo dos últimos dias tem consequência direta na produção e venda de hortaliças no Alto Tietê. As temperaturas altas causam perdas na lavoura. Já nas feiras, o cuidado é redobrado para manter as verduras frescas. E é justo na época de calor que uma saladinha vai bem. “O melhor que a gente pode aproveitar é a água, os alimentos frescos e agente sempre procura na feira uma coisinha boa”, diz o funileiro Fábio Higino.
O calor aumenta mesmo o consumo das hortaliças. Mas para que elas aguentem assim firmes até a hora de irem para casa do consumidor, o feirante precisa usar muita água. “Se deixar você não consegue vender e acaba perdendo. A gente tem que diminuir não tem como”, afirma o feirante Marcus Donizete Barbosa.
Se na feira a banca de verdura precisa esvaziar até meio dia, no campo as opções são mais limitadas. Molhar a plantação no sol forte pode dar um choque térmico e queimar ainda mais as folhas. “A gente tem que mudar o sistema de irrigação tem que ser na boca da noite. No escurecer a pessoa aproveita o pouco de água que tem. Porque agora não dá para desperdiçar”, explica o agricultor José Vieira.
Vieira é agricultor no Distrito de Jundiapeba em Mogi das Cruzes. A couve e a alface são os produtos mais vendidos pelo produtor. Variedades sensíveis que sofrem muito quando os termômetros sobem.
Os reflexos dessa estiagem, segundo o agricultor, devem ser sentidos daqui 30 dias. Da nova produção, 40% dos pés de alface já estão perdidos. “O preço não aumenta não fica quase que a mesma coisa. Se a gente subir o preço o freguês vai embora e agricultor não pode ter mais perda.”
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