/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/L/h/5zAFVBTvANWBzcaKKAVw/whatsapp-image-2020-10-10-at-13.55.10.jpeg)
Rua 25 de março, no Centro de São Paulo, fica lotada neste sábado (10), às vésperas do dia das crianças — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1
Rua 25 de março, no Centro de São Paulo, fica lotada neste sábado (10), às vésperas do dia das crianças — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1
O estado de São Paulo contabiliza neste sábado (10) 37.223 mortes por coronavírus e permaneceu na tendência de estabilidade, segundo critério de especialistas, com registro de 155 novas mortes em 24 horas. Após registrar oito dias seguidos de queda, a média de mortes voltou à estabilidade na terça-feira (6). Na quarta (7), o valor registrado foi o menor desde o dia 9 de maio.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram 6.626 casos novos em 24 horas, totalizando agora 1.034.816 casos confirmados. A marca de 1 milhão de casos confirmados da doença foi batida há uma semana, depois de mais de sete meses de pandemia no estado. A média móvel de casos em 7 dias é de 4.484.
Após 12 dias consecutivos com tendência de queda, o estado volta à estabilidade na tendência de novos casos na comparação com 14 dias.
As novas confirmações em 24 horas não significam que as mortes e casos aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas no sistema neste período. Os valores costumam ser menores aos finais de semana e segundas-feiras, devido ao atraso nas notificações.
A média móvel de mortes, que leva em consideração os registros dos últimos 7 dias e minimiza as diferenças das notificações, foi de 154 óbitos por dia nesta quinta (8). A variação foi de -10% em relação ao valor registrado há 14 dias, o que para os especialistas indica estabilidade. Como o cálculo da média móvel considera um período maior, ele permite medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.
A média móvel de casos confirmados por dia foi de 4.383 nesta quinta. O número de casos confirmados inclui resultados positivos em exames laboratoriais para Covid-19, tanto do tipo rápido, que verifica apenas a presença de anticorpos e aponta para infecção passada, quanto o que analisa a presença do vírus no organismo no momento do teste – o chamado exame RT-PCR.
Na segunda-feira (5), o governo de São Paulo admitiu um crescimento de 3,3% nas novas internações no estado, após 10 semanas consecutivas com queda no indicador. O número de novas internações é diferente do total de internados porque os pacientes da Covid-19 podem permanecer por vários dias no hospital.
Aumento nas internações
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/v/m/uVpApnRHaMHEPQLn3JAw/fta20200814174.jpg)
Médicos trabalham na recuperação de pacientes internados com coronavírus na UTI do hospital Emílio Ribas, região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (14). — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo
Médicos trabalham na recuperação de pacientes internados com coronavírus na UTI do hospital Emílio Ribas, região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (14). — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo
Veja os novos registros no estado de SP nas últimas 24 horas:
- 155 novas mortes
- 6.626 novos casos
Veja o total no estado de SP desde o início da pandemia:
- 37.223 mortes
- 1.034.816 casos confirmados
Evolução da epidemia
Desde o fim de agosto, os registros diários de novas mortes estão sendo menores, mas a variação da média móvel de mortes ainda estava dentro do que os especialistas consideravam estabilidade, pois aumentava ou diminuía dentro da faixa de até 15%. Na sequência, houve um período de queda de fato.
No entanto, no dia 21 de setembro, o estado apresentou alta de 27% na média de mortes na comparação com o valor de 14 dias antes.
O aumento se deu, pois durante o feriado do dia 7 de setembro a média móvel de mortes chegou a 151, menor valor registrado em 100 dias. Nos feriados e finais de semana costuma ocorrer subnotificação dos casos e mortes, pois as equipes dos laboratórios trabalham em regime de plantão.
Após o feriado prolongado, o estado voltou a ter maiores registros na média diária de mortes e a tendência voltou à estabilidade.
Depois, houve um novo período de queda, verificado desde a última segunda (28). O governo estadual comemorou a diminuição nos registros, mas afirmou que ainda não era possível relaxar nos cuidados, já que a doença ainda não foi controlada.
O diretor-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus no estado, João Gabbardo, também destacou que não era possível falar em uma “segunda onda” de casos e mortes em São Paulo, já que o estado ainda não teria saído completamente da primeira.
“Eu não falaria em segunda onda no Brasil e em São Paulo, porque nós não saímos da primeira ainda. Nós ficamos um bom tempo no platô e agora estamos começando a descer, então não se fala ainda em segunda onda em São Paulo. Claro que isso é uma preocupação, mas os indicadores que nós temos não apontam para isso [novo aumento]. Os indicadores mostram uma redução importante no número de internações, na ocupação de leitos de UTI, mostra a redução de casos confirmados e redução dos óbitos”, disse Gabbardo no dia 28 de setembro.
O estado de São Paulo já chegou a permanecer por mais de três meses ininterruptos com a média diária de mortes acima de 200 por dia, o chamado platô no ponto mais alto da curva epidemiológica.
Desde o dia 17 de setembro, no entanto, a média diária de mortes tem se mantido abaixo de 200.