Com 155 novas mortes e 6.626 novos casos de Covid-19 em 24h, estado de SP permanece em tendência de estabilidade

Rua 25 de março, no Centro de São Paulo, fica lotada neste sábado (10), às vésperas do dia das crianças — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1 1 de 2
Rua 25 de março, no Centro de São Paulo, fica lotada neste sábado (10), às vésperas do dia das crianças — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1

Rua 25 de março, no Centro de São Paulo, fica lotada neste sábado (10), às vésperas do dia das crianças — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1

O estado de São Paulo contabiliza neste sábado (10) 37.223 mortes por coronavírus e permaneceu na tendência de estabilidade, segundo critério de especialistas, com registro de 155 novas mortes em 24 horas. Após registrar oito dias seguidos de queda, a média de mortes voltou à estabilidade na terça-feira (6). Na quarta (7), o valor registrado foi o menor desde o dia 9 de maio.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram 6.626 casos novos em 24 horas, totalizando agora 1.034.816 casos confirmados. A marca de 1 milhão de casos confirmados da doença foi batida há uma semana, depois de mais de sete meses de pandemia no estado. A média móvel de casos em 7 dias é de 4.484.

Após 12 dias consecutivos com tendência de queda, o estado volta à estabilidade na tendência de novos casos na comparação com 14 dias.

As novas confirmações em 24 horas não significam que as mortes e casos aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas no sistema neste período. Os valores costumam ser menores aos finais de semana e segundas-feiras, devido ao atraso nas notificações.

A média móvel de mortes, que leva em consideração os registros dos últimos 7 dias e minimiza as diferenças das notificações, foi de 154 óbitos por dia nesta quinta (8). A variação foi de -10% em relação ao valor registrado há 14 dias, o que para os especialistas indica estabilidade. Como o cálculo da média móvel considera um período maior, ele permite medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.

A média móvel de casos confirmados por dia foi de 4.383 nesta quinta. O número de casos confirmados inclui resultados positivos em exames laboratoriais para Covid-19, tanto do tipo rápido, que verifica apenas a presença de anticorpos e aponta para infecção passada, quanto o que analisa a presença do vírus no organismo no momento do teste – o chamado exame RT-PCR.

Na segunda-feira (5), o governo de São Paulo admitiu um crescimento de 3,3% nas novas internações no estado, após 10 semanas consecutivas com queda no indicador. O número de novas internações é diferente do total de internados porque os pacientes da Covid-19 podem permanecer por vários dias no hospital.

Aumento nas internações

Médicos trabalham na recuperação de pacientes internados com coronavírus na UTI do hospital Emílio Ribas, região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (14). — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo 2 de 2
Médicos trabalham na recuperação de pacientes internados com coronavírus na UTI do hospital Emílio Ribas, região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (14). — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

Médicos trabalham na recuperação de pacientes internados com coronavírus na UTI do hospital Emílio Ribas, região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (14). — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

Veja os novos registros no estado de SP nas últimas 24 horas:

  • 155 novas mortes
  • 6.626 novos casos

Veja o total no estado de SP desde o início da pandemia:

  • 37.223 mortes
  • 1.034.816 casos confirmados

Evolução da epidemia

Desde o fim de agosto, os registros diários de novas mortes estão sendo menores, mas a variação da média móvel de mortes ainda estava dentro do que os especialistas consideravam estabilidade, pois aumentava ou diminuía dentro da faixa de até 15%. Na sequência, houve um período de queda de fato.

O aumento se deu, pois durante o feriado do dia 7 de setembro a média móvel de mortes chegou a 151, menor valor registrado em 100 dias. Nos feriados e finais de semana costuma ocorrer subnotificação dos casos e mortes, pois as equipes dos laboratórios trabalham em regime de plantão.

Após o feriado prolongado, o estado voltou a ter maiores registros na média diária de mortes e a tendência voltou à estabilidade.

Depois, houve um novo período de queda, verificado desde a última segunda (28). O governo estadual comemorou a diminuição nos registros, mas afirmou que ainda não era possível relaxar nos cuidados, já que a doença ainda não foi controlada.

O diretor-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus no estado, João Gabbardo, também destacou que não era possível falar em uma “segunda onda” de casos e mortes em São Paulo, já que o estado ainda não teria saído completamente da primeira.

“Eu não falaria em segunda onda no Brasil e em São Paulo, porque nós não saímos da primeira ainda. Nós ficamos um bom tempo no platô e agora estamos começando a descer, então não se fala ainda em segunda onda em São Paulo. Claro que isso é uma preocupação, mas os indicadores que nós temos não apontam para isso [novo aumento]. Os indicadores mostram uma redução importante no número de internações, na ocupação de leitos de UTI, mostra a redução de casos confirmados e redução dos óbitos”, disse Gabbardo no dia 28 de setembro.

O estado de São Paulo já chegou a permanecer por mais de três meses ininterruptos com a média diária de mortes acima de 200 por dia, o chamado platô no ponto mais alto da curva epidemiológica.

Desde o dia 17 de setembro, no entanto, a média diária de mortes tem se mantido abaixo de 200.

CORONAVÍRUS

Veja mais reportagens sobre a Covid-19:

20 vídeos

Brasil passa das 150 mil vidas perdidas pela Covid

Ministro Luiz Eduardo Ramos testa positivo para a Covid-19Berlim vive primeiro toque de recolher para o comércio em 70 anos

By Tribuna ABC

Veja Também!