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Prefeito Bruno Covas divulga novos resultados de inquérito sorológico nesta terça-feira, 13 de outubro — Foto: Reprodução/Youtube
Prefeito Bruno Covas divulga novos resultados de inquérito sorológico nesta terça-feira, 13 de outubro — Foto: Reprodução/Youtube
A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (13) que a definição sobre a possível retomada das aulas regulares no dia 3 de novembro deverá ser divulgada na próxima quinta-feira (22 de outubro), após resultado da primeira fase do censo que fará testes sorológicos em todos os alunos e professores da rede municipal.
“A prefeitura tem informado nas últimas coletivas que a decisão de volta às aulas se dá por um contexto de informações do inquérito sorológico […] durante o mês de outubro, com o avançar do inquérito, mas, principalmente, do senso e das demais informações a prefeitura vai se pronunciar. [..] A data estimada para esse pronunciamento é na quinta da semana que vem, no dia 22, em coletiva previamente agendada. Então, não há nenhum tipo de atraso dessa manifestação, a prefeitura no dia 22 de outubro se manifestará sobre a data possível do dia 03 de novembro”, disse o secretário municipal da Educação, Bruno Caetano.
O secretário também informou nesta terça (13) que 14 escolas municipais devem reabrir para atividades extracurriculares no dia 19 de outubro.
“A Prefeitura de São Paulo tem a segunda janela possível de reabertura de escolas de modo que no dia 19 de outubro devemos ter 15 escolas públicas municipais reabertas. As escolas manifestaram interesse ouvindo os seus conselhos na última semana […] [com isso] passaremos a ter então a partir do dia 19 de outubro a 14 escolas que somam 15 ao todo”, disse Caetano.
De acordo com protocolo de reabertura, criado pela gestão municipal e publicado no dia 26 de setembro no Diário Oficial, as unidades de ensino tem duas datas de reabertura para oferecer atividades extracurriculares: 7 e 19 de outubro.
Na rede estadual da capital paulista, apenas 304 das 1.086 escolas confirmaram a reabertura no dia 7 de outubro.
Nas escolas municipais quem tem a palavra final se a unidade de ensino reabrirá, ou não, é o Conselho da escola, o qual tinha até o dia 30 de setembro, para a volta em 7 de outubro, ou até 8 de outubro, para o retorno no dia 19, para encaminhar sua decisão para homologação do Diretor Regional de Educação.
Covas (PSDB) disse também nesta terça-feira (13) que as escolas que não reabriram fizeram essa opção e que nenhuma unidade de ensino deixou de oferecer atividades extracurriculares por falta de recurso.
“E só lembrando que nós repassamos recursos a todas as escolas municipais para que elas pudessem se preparar e se adaptar a essa realidade. Nenhum momento, nenhuma escola tá deixando de retomar atividade extra curricular por falta de estrutura na cidade de São Paulo”, disse Covas.

Escola municipal na Zona Leste é a única que decidiu reabrir para atividades de reforço
Regras para reabertura na capital
As regras para a volta às aulas na cidade de São Paulo foram publicadas no Diário Oficial no dia 26 de setembro. Entre as determinações estão: normas de higiene, respeito ao distanciamento na entrada, na saída e nos intervalos e o uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por alunos e professores. Além disso, as instituições só atenderão até 20% da sua capacidade.
Nas escolas municipais cada aluno só poderá frequentar o local até duas vezes por semana por até 2h e serão ofertadas, preferencialmente, as seguintes atividades:
- atividades culturais;
- cursos de idiomas;
- atividades esportivas que não sejam coletivas, nem envolvam contato físico;
- música;
- oficina de culinária e de contos literários;
- teatro de fantoches;
- exploração visual;
- atividades recreativas;
- atividades de reforço escolar, principalmente, de português e matemática.
- Acolhimento.

Após quase sete meses fechadas, escolas de SP são autorizadas a reabrir
Ensino Superior
As aulas regulares só poderão ser retomadas na capital paulista para alunos do ensino superior.
De acordo com o sindicato das entidades mantenedoras de estabelecimentos de ensino superior no estado de São Paulo (Semesp), 90% das 148 universidades da capital paulista não retomarão as aulas presenciais.
Autorização estadual
O estado de São Paulo autorizou no dia 7 de outubro a reabertura de instituições de ensino públicas e privadas do estado mais de 6 meses desde que o governo de São Paulo anunciou a suspensão do ensino presencial para conter a disseminação do novo coronavírus.
A autorização do governo vale para todo estado, pois todos os municípios estão há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização econômica. No entanto, cada prefeitura tem autonomia para decidir se irá reabrir ou não, e se será oferecido o ensino regular ou apenas atividades extracurriculares. Caso a gestão municipal autorize, cada escola pode optar por retomar as atividades agora ou não.
Em todo o estado, das 5.100 escolas estaduais, 904 unidades estão reabertas no universo de 219 municípios, segundo a gestão estadual. Destas, 414 foram reabertas em 128 municípios no dia 8 de setembro, quando o governo de São Paulo autorizou que instituições de ensino das redes privada e pública oferecessem aulas de reforço escolar, tutoria e atividades esportivas, e 186 no interior e 304 na capital no dia 7 de outubro.
Apesar da autorização do retorno dos ensinos infantil e fundamental para as redes municipal e particular, a rede estadual retomou apenas as aulas regulares do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) no dia 7 de outubro. A volta dos estudantes do ensino fundamental da rede estadual só deve acontecer em 3 de novembro.
Inquérito Sorológico
Um mapeamento realizado pela Prefeitura de São Paulo em estudantes da cidade aponta que a presença de anticorpos contra Covid-19 aumentou entre alunos da rede privada e diminuiu nos da rede municipal da capital paulista. Os números foram divulgados no início da tarde desta terça-feira (13) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).
De acordo com o levantamento, cerca de 16% das crianças e adolescentes em idade escolar na cidade de São Paulo já tiveram contato com o vírus da Covid-19.
A prevalência aumentou nas escolas privadas e foi de 9,7% para 12, 6% no intervalo entre os dias 3 e 17 de setembro.
Já nas redes municipal e estadual da capital a taxa diminuiu, de 18,4% para 17,6% e 17,2% para 15,4%, respectivamente. A prevalência entre professores foi menor e ficou entre 4,5% a 7,8%.
Os dados fazem parte da quarta fase do inquérito sorológico escolar, feito por amostragem, com mais de 2 mil exames. O teste realizado avalia a presença de anticorpos específicos (IgM/igG).