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A cidade de Araraquara — Foto: Arquivo/EPTV
A cidade de Araraquara — Foto: Arquivo/EPTV
Araraquara (SP) está entre uma das três cidades escolhidas pelo governo do estado de São Paulo para participar de um novo projeto de monitoramento de pessoas que tiveram contato com casos confirmados de Covid-19.
A ferramenta foi anunciada nesta quinta-feira (9) durante coletiva de imprensa. Esse projeto pioneiro é considerado por especialistas uma estratégia essencial para o controle do novo coronavírus.
O piloto da ferramenta, segundo o anúncio, teve início nesta segunda-feira (6) em três cidades paulistas: Araraquara, São Bernardo do Campo e Bauru.
Projeto piloto

Foto microscópica mostra célula humana sendo infectada pelo Sars Cov-2, o novo coronavírus — Foto: NIAID via Nasa
Foto microscópica mostra célula humana sendo infectada pelo Sars Cov-2, o novo coronavírus — Foto: NIAID via Nasa
Segundo o governo estadual, 98% dos municípios do estado já fazem algum tipo de monitoramento de contatos por meio de suas vigilâncias de saúde municipais. De acordo com a secretaria de Desenvolvimento Econômico, nos últimos 15 dias, mais de 550 mil pessoas foram monitoradas por essas equipes e orientadas a ficar em casa, em isolamento.
A nova ferramenta visa centralizar e padronizar o processo que é feito atualmente, orientando todas as pessoas que tiveram contato com casos confirmados por mais de 15 minutos nos últimos 14 dias a ficarem em casa. O objetivo é que 100 municípios participem do projeto até o final de agosto.
Segundo a secretaria de Desenvolvimento Econômico estadual, Patrícia Ellen, em cada uma das cidades a ferramenta foi adaptada para seguir um padrão.
“Em São Bernardo do Campo eles já têm uma equipe bastante profissionalizada, com 50 membros, e nós vamos apoiá-los com modelo de controle e integração de plataforma. Em Araraquara, vamos fazer o modelo de apoio parcial, com uma equipe remota também. E em Bauru, um modelo de apoio mais integrado”, explicou.
Necessidade

Teste de coronavírus — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde
Teste de coronavírus — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde
Para o médico Marcio Bittencourt, pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, a falta de rastreamento e isolamento de casos confirmados foi a principal falha no combate ao coronavírus em São Paulo e no restante do Brasil.
“A maioria dos lugares não está fazendo nem isolamento dos casos, nem rastreamento dos contatos. Aqui mesmo no estado de São Paulo eu não sei de nenhum local que está com um esforço disso. E a gente tinha que ter investido mais nisso, porque não basta ficar em casa, tem que ficar sozinho. É um controle de contatos, isolar os contatos e, se possível, testar. É identificar e isolar, e isso muito mais difícil que só fazer um teste”, explica Bittencourt.
Bittencourt acredita que uma estratégia de isolamento ou quarentena central, na qual casos confirmados que não podem se isolar em casa são submetidos a uma quarentena obrigatória em um local isolado, teria sido mais efetiva do que o processo atual de monitoramento, no qual os casos confirmados e seus contatos próximos são acompanhados por telefone por funcionários da saúde.

Infográfico mostra quais são os erros e acertos ao usar a máscara — Foto: G1
Infográfico mostra quais são os erros e acertos ao usar a máscara — Foto: G1