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Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha eleitoral no Vale do Anhangabaú, no Centro de SP — Foto: Tatiana Santiago/G1
Guilherme Boulos (PSOL) durante campanha eleitoral no Vale do Anhangabaú, no Centro de SP — Foto: Tatiana Santiago/G1
O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, disse na manhã desta sexta-feira (2) que vai desapropriar 40 mil imóveis em situação de abandono no Centro expandido da cidade para transformar em unidades de moradia popular.
“Nós vamos mapear todos os imóveis em situação de abandono no Centro de São Paulo. A prefeitura vai fazer a desapropriação, vai requalificar e depois colocar as pessoas para morarem dignamente”, disse Boulos. “A prefeitura vai arcar com o gasto da reforma, vai fazer uma parte de subsídio e outra de um financiamento acessível para locação social.”
De acordo com o candidato, a área térrea dos prédios terá espaços comerciais e os casarões abandonados no Centro serão transformados em centros culturais. Ele também prometeu resolver a situação dos Sem-Teto com auxílio de moradia e outros programas governamentais.
“A população de rua de São Paulo é 25 mil pessoas, 40 mil imóveis abandonados e 25 mil pessoas morando nas ruas. Então, nós vamos garantir que isso vire moradia digna e ainda vai sobrar [moradia popular], resolvendo o problema da população de rua. Em 4 anos, vamos resolver [situação dos Sem-Teto] combinando moradia, ações de acolhimento e assistência social, assistência psicológica, tendo casas solidárias como ação emergencial e depois moradia definitiva”, afirmou.
Boulos também disse que irá fazer mutirões para construir casas em terrenos que ainda estão disponíveis nas regiões periféricas da cidade com modelo de obra comunitária. No entanto, ele não informou qual o total de recursos necessários para a implantação do projeto e voltou a dizer que se o dinheiro dos cofres públicos não for usado em esquemas de corrupção terá o suficiente para o investimento.
Nesta manhã, Boulos fez campanha eleitoral e distribuiu panfletos em frente a estação Anhangabaú do Metrô, na Linha 3-Vermelha, próximo ao Vale do Anhangabaú, na região Central. Com muitos apoiadores e aglomerações, que desrespeitam as regras sanitárias impostas pela pandemia de coronavírus, a presença do candidato provocou tumulto na porta da estação.
Um apoiador de outro candidato gravou com o celular a ação de Boulos e disse em voz alta que o grupo estava se preparando para uma invasão. A declaração acirrou os ânimos e alguns apoiadores de Boulos foram discutir com o homem e, por pouco, não teve agressão física.
Os seguranças do Metrô também ficaram incomodados com a aglomeração provocada pela campanha e pediram para o candidato se afastar do local.

Guilherme Boulos (PSOL) distribui panfletos em frente ao Metrô Anhangabaú, no Centro de SP — Foto: Tatiana Santiago/G1
Guilherme Boulos (PSOL) distribui panfletos em frente ao Metrô Anhangabaú, no Centro de SP — Foto: Tatiana Santiago/G1
Reforma Anhangabaú
Boulos também criticou a reforma do Vale do Anhangabaú, no Centro da cidade, feita pela gestão Bruno Covas (PSDB).
“Vim denunciar o absurdo desta obra do Anhangabaú que já teve aditivo, tá chegando a R$ 100 milhões. Eu me pergunto em uma cidade no meio de uma pandemia onde falta médico, falta respirador, a periferia abandonada, se a prioridade é fazer uma obra faraônica”, disse.
A obra do Anhangabaú está orçada em R$ 93,8 milhões, quase R$ 14 milhões a mais do que o previsto inicialmente.
O Consórcio Central, responsável pela reforma disse que a obra será entregue em 28 de fevereiro de 2021. No entanto, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a obra será finalizada em 30 de outubro deste ano.

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