
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, reforçou as necessidade de manter a taxa de isolamento social acima de 50% para que a flexibilização da quarentena realmente aconteça, de forma gradual, a partir do dia 11 de maio.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, Doria afirmou que todas as decisões estão sendo pautadas na ciência, na medicina e na saúde. “Nenhuma decisão aconteceu por ordem pessoal, política ou sob pressão.”
Na quarta-feira (22) o Estado de São Paulo registrou o índice de isolamento em 48% e, de acordo com Doria, isso acendeu um sinal amarelo. “Para cumprir nosso projeto de flexibilização a partir do dia 11. Se isso não ocorrer, quem vai determinar se podemos reabrir ou não será a medicina. Abaixo de 50% é difícil avançar nessa decisão.”
João Doria disse que a dicotomia sobre o assunto é prejudicial para a própria população, que não sabe se deve seguir as orientações do presidente Jair Bolsonaro ou dos governos estaduais.
“Bolsonaro só não piorou as coisas porque os estados entenderam a necessidade do isolamento. Quando você tem duas direções, fica mais difícil para as pessoas definirem para onde devem seguir. Não é uma gripe ou resfriado, os números de mortes e a curva crescente mostram isso. Isolamento social é a única cura possível nesse momento.”
São Paulo ‘não teve lockdown’
Doria enfatizou que em nenhum momento foi decretado lockdown no Estado e, por isso, foi possível manter 74% da economia funcionando durante a quarentena. “Nem temos previsão nesse momento sobre isso.”
“Como já dito, se mantivermos um patamar mínimo de 50% no isolamento, a partir do dia 11 podemos ter a flexibilização heterogenia e com adoção de protocolos. Até lá as pessoas não podem relaxar.”
O governador também disse considerar as decisões do Ministério da Saúde se forem técnicas e não políticas. “Se as decisões da pasta forem fundamentadas tecnicamente, como acontecia com Mandetta, não há razão para não seguirmos as orientações. Se Nelson Teich seguir nessa linha, estaremos juntos.”