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Luís é proprietário da gelateria e fabrica todos seus produtos em Votuporanga — Foto: Reprodução/Facebook
O dono da sorveteria que teve a energia elétrica cortada por falta de pagamento em Votuporanga (SP) conseguiu, literalmente, ver uma luz em seu negócio. A Justiça concedeu uma liminar ao sorveteiro Luís Augusto Demori para que o fornecimento seja restabelecido.
A decisão saiu depois que moradores se juntaram em uma corrente do bem e compraram todo o estoque de mais de 3 mil picolés.
Com a decisão, Luís, que é pai de três filhos, retomou a fabricação dos sorvetes, mas só abrirá novamente a partir de segunda-feira (17).
“Eu já tinha entrado com na Justiça com pedido para eles não cortarem a luz. Isso foi há mais ou menos um mês. Por causa da pandemia, o juiz demorou para julgar, mas ele concedeu liminar e a empresa religou a energia”, afirmou Luís, emocionado, ao G1.
O mestre sorveteiro afirmou que moradores de diversos estados do Brasil e até de outros países o procuraram para oferecer ajuda depois de verem sua história.
“Pessoas da Itália, Estados Unidos, Uruguai, Fortaleza, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Belo Horizonte entraram em contato comigo. Fiquei sem palavras”, conta.

Clientes se unem pra comprar sorvetes em Votuporanga
Embora ele tenha conseguido quitar parte das dívidas, inclusive três parcelas da conta de energia, o valor arrecadado com as doações ainda não é suficiente para “sair do veremelho”.
“Consegui arrecadar mais de R$ 4 mil, mas só de aluguel do prédio eu tenho R$ 30 mil para pagar. Agradeço muito a todos que estão me ajudado. Vou me reerguendo novamente aos poucos”, afirma.
Rede de solidariedade
Na última terça-feira (11), Luís gravou um vídeo anunciando uma promoção de sorvetes, pois os produtos iriam derreter, aumentando ainda mais seu prejuízo. (veja acima)
O que ele não imaginava era que os moradores de Votuporanga se comoveriam com a história e lotariam seu estabelecimento.
Em menos de três de três horas, ele vendeu mais de 3 mil picolés e todo o estoque de sorvete de massa. Uma longa fila se formou na frente de sua gelateria.
“Vendi tudo e não acreditei. Ainda existem pessoas de bom coração. Além dos clientes, o pessoal me ajudou, me deu dinheiro, R$ 100, R$ 200. Ainda existem pessoas boas e dispostas a ajudar, mesmo em uma crise dessa. Não tenho palavras para agradecer”, contou Luís no dia do ocorrido.
Depois de receber o apoio da população, uma vaquinha online foi criada para as pessoas que ainda desejam ajudá-lo a superar a crise provocada pela pandemia.

Clientes compraram todos os produtos de Luís — Foto: Divulgação/Jornal A Cidade de Votuporanga
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