Março roxo: 6 dicas para lidar com a epilepsia no dia a dia

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises recorrentes, que podem se manifestar por alterações motoras, sensitivas e de consciência. No Brasil, estima-se que cerca de 2% da população brasileira e mais de 50 milhões de pessoas no mundo convivam com a doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante da relevância do tema, a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) criou a campanha global “Março Roxo”, com a proposta de ampliar a conscientização pública, combater o estigma associado à doença e fornecer orientações práticas para pacientes, familiares e cuidadores.

Dra. Jackeline Barbosa, Neurologista e Vice-presidente da área Médico-Científica da Herbarium, indústria farmacêutica referência em fitoterapia, explica que as crises epiléticas resultam de descargas elétricas anormais no cérebro. Essas descargas podem ser focais, afetando uma área específica, ou generalizadas, envolvendo todo o cérebro e podendo provocar quedas seguidas de contrações e abalos musculares. “As causas são diversas, podendo incluir fatores genéticos, lesões cerebrais ou complicações no parto”, explica a especialista.

Dicas para o dia a dia com epilepsia

Para auxiliar na convivência com a epilepsia, a especialista apresenta seis orientações fundamentais:

1.     Adesão ao tratamento médico: seguir rigorosamente as orientações médicas e tomar os medicamentos conforme prescrição são passos essenciais para o controle das crises.

2.     Acompanhamento regular: manter consultas periódicas e realizar exames de acompanhamento permitem ajustes necessários no tratamento e monitoramento da eficácia terapêutica.

3.     Ambiente seguro: adaptar os espaços para minimizar riscos durante possíveis crises, como proteger quinas de móveis e evitar objetos perigosos, é fundamental para a segurança do paciente.

4.     Uso de fitoterápicos: em alguns casos, fitoterápicos podem ser utilizados como complemento ao tratamento, especialmente quando há comorbidades como ansiedade ou insônia. A decisão deve ser tomada em conjunto com o médico responsável.

5.     Educação e informação: buscar conhecimento sobre a condição e compartilhar informações com familiares e amigos contribui para a criação de uma rede de apoio informada e empática.

6.     Apoio emocional: participar de grupos de apoio e buscar acompanhamento psicológico auxiliam no manejo emocional da doença, promovendo bem-estar e qualidade de vida.

Como agir durante uma crise convulsiva generalizada

Saber como proceder durante uma crise é crucial para a segurança do paciente. Neste caso, a neurologista recomenda:

§  Manter a calma: a maioria das crises é breve e autolimitada.

§  Proteger a cabeça: colocar algo macio sob a cabeça da pessoa para evitar traumas.

 §  Não restringir movimentos: permitir que a crise siga seu curso natural, evitando contenções que possam causar lesões.

 §  Posicionar de lado: após a crise, colocar a pessoa de lado facilita a respiração e previne aspirações decorrentes da intensa salivação.

 §  Monitorar o tempo: se a crise durar mais de cinco minutos, buscar assistência médica imediatamente.

 “Manter a calma e garantir um ambiente seguro são atitudes essenciais durante uma crise. Além disso, é importante posicionar a pessoa de lado após o episódio e nunca tentar conter seus movimentos. Pequenos cuidados como esses fazem toda a diferença para a segurança do paciente”, destaca a Dra. Jackeline Barbosa.

Conscientização e combate ao estigma

O Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, celebrado em 26 de março, reforça a importância da inclusão e do combate à desinformação, que ainda gera barreiras sociais significativas para os pacientes. “A epilepsia não define quem a pessoa é. O tratamento correto e o suporte adequado, possibilitam levar uma vida ativa e produtiva. Para isso, é fundamental que a sociedade esteja informada e preparada para acolher essas pessoas sem estigmatização”, enfatiza a médica neurologista.

Dra. Jackeline completa que a disseminação de informações precisas e a promoção de diálogos abertos são ferramentas essenciais para transformar a realidade das pessoas com epilepsia, garantindo-lhes mais segurança, respeito e qualidade de vida.

Pâmela Moretti
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