Mesmo proibidos durante pandemia, PM monitora mais de 200 bailes funk em SP todo fim de semana

Apesar de proibidos durante a pandemia do coronavírus para evitar aglomerações, os bailes funk continuam acontecendo em São Paulo. A Polícia Militar afirma que monitora mais de 200 pancadões todo final de semana na capital e Região Metropolitana.

Toda a Região Metropolitana entrou neste sábado (10) na fase verde do plano de retomada econômica, que é menos restritiva. Mas pelo decreto da quarentena, festas ainda estão proibidas devido ao risco de contágio.

Moradora da Zona Leste, que prefere não se identificar, diz que convive com as festas na região há mais de dez anos.

“É sexta, sábado e domingo. A gente sabe que não vai dormir. Quem trabalha no sábado sabe que vai trabalhar com sono. Eu mesma tomo remédio para dormir, porque se eu não tomar eu não durmo”, afirma.

Para Rafael Alcadipani, membro do Fórum Nacional de Segurança Pública, a PM age certo ao não entrar em baile em andamento. Ele explica que a melhor estratégia é criar regras para as festas.

“O que é necessário é que a prefeitura regulamente esse tipo de baile, que traga isso pra agenda cultural da cidade e consiga regularizar. A ausência de estado nas periferias como se pondera muito bem, ausência de opção de cultura e de lazer vai gerar esse tipo de problema.”

Rapaz chuta rosto de menina em baile funk

Rapaz chuta rosto de menina em baile funk

Pancadão no Jardim Vera Cruz

Um baile funk terminou com aglomeração e violência no Jardim Vera Cruz, Zona Leste da cidade de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (12) .

A reportagem da TV Globo flagrou a aglomeração de pessoas sem máscaras, dançando inclusive em cima de um carro, motos com placas cobertas e motoqueiros sem capacete fazendo manobras arriscadas nas ruas Martim Soares Moreno e José da Costa Azevedo, a três quadras do 55º Distrito Policial do Parque São Rafael.

Duas moças começaram a brigar. Imagens gravadas pelo Globocop mostram quando um rapaz vestido de vermelho intervém e parte para cima de uma garota. A confusão aumentou, e outro jovem, de camisa listrada, chuta o rosto de uma das meninas, que estava caída no chão.

Quando a briga termina, o rapaz que chutou a menina no rosto, já sem camisa, vai embora, dirigindo um carro prata. Atrás dele, o outro agressor, de vermelho, pega uma moto e sai empinando.

O que diz a polícia

A reportagem não viu viaturas circulando na região às 7h30. Mas, em nota, a Polícia Militar (PM) disse que as equipes se mantiveram no entorno para garantir a segurança das pessoas que transitavam pelas vias próximas.

A corporação disse ter recebido dois chamados para ir ao local, mas que, como o pancadão já estava instalado, não houve intervenção direta. A PM informou ainda que promove a Operação Paz e Proteção para evitar a formação de pancadões, e, que desde o começo do ano, a ação prendeu 1.020 pessoas e aplicou mais de 2.300 multas de trânsito.

Também questionada, a Prefeitura de São Paulo disse que fiscaliza os bailes através das subprefeituras. Disse também que durante a pandemia interditou mais de 1,2 mil estabelecimentos que davam apoio aos pancadões.

Durante o dia uma equipe de limpeza recolheu o lixo que foi espalhado pelas ruas durante o baile.

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By Tribuna ABC

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