
Paciente recebe alta após 60 dias de internação por causa da Covid-19 em Ribeirão Preto
Sessenta e cinco dias após ser internada para tratar a Covid-19, Marisa Dalsico, de 41 anos, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (25) em Ribeirão Preto (SP). Com balões e palmas, ela foi recebida pela família e pelos amigos que ela não via há mais de dois meses.
A analista contábil foi internada às pressas, em estado grave, no dia 22 de julho. Durante o período em que esteve hospitalizada, ela precisou ser intubada, passou por uma traqueostomia e ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até o dia 8 de setembro.
Após deixar a UTI, ela foi mantida em um quarto até finalmente receber alta. Ao se deparar com a festa do lado de fora do hospital, Marisa não segurou a emoção e chorou.
“Todo mundo que te ama está aqui. A gente está muito feliz”, disse uma das familiares que aparece no vídeo da comemoração.
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Marisa Dalsico, de 41 anos, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (25) em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução
Marisa Dalsico, de 41 anos, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (25) em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução
Luta pela vida
O médico infectologista Benedito Fonseca explica que os pesquisadores ainda tentam entender o motivo de pacientes serem assintomáticos e outros ficarem entre a vida e a morte.
Mas, segundo o especialista, já é possível afirmar que o tempo de recuperação depende de dois fatores: carga de vírus e condição da pessoa no momento da infecção.
“Quanto maior a quantidade de vírus, mais provável de ter uma doença mais grave. O paciente já tendo uma doença crônica está mais frágil e mais suscetível a ter uma doença mais grave. Ela depende de muitos fatores e eles estão todos inter-relacionados.
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Marisa Dalsico, de 41 anos, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (25) em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução
Marisa Dalsico, de 41 anos, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (25) em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução
Entre os casos graves, a média de duração da internação é de duas a três semanas. De acordo com Fonseca, o tempo longo têm consequências como o gatilho para outras complicações.
Pelo paciente estar intubado durante muito tempo, ele fica suscetível a ter pneumonias associadas a própria ventilação mecânica. Aí, mesmo que ele sarou da Covid, a gente tem que tratar a pneumonia e muitas vezes essas pneumonias são graves.”