O governo avalia que a revisão detalhada de benefícios é adequada para o ajuste fiscal e projeta uma economia de até R$ 30 bilhões.

A economia projetada pelo Palácio do Planalto com a revisão de despesas em benefícios está estimada entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões para o ano de 2025. Essa quantia, segundo auxiliares de Lula, é suficiente para equilibrar as contas no próximo ano e garantir, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), a manutenção da meta de déficit zero em 2025.

Esses dados foram apresentados a Lula durante a reunião de ontem com a equipe econômica. A revisão de gastos é uma medida de curto prazo que não afeta privilégios nem depende do Congresso. Lula solicitou que o ajuste fosse realizado por meio de medidas simples e rápidas. Outras alternativas, como a revisão da previdência dos militares, mencionada por Fernando Haddad e Simone Tebet nos últimos dias, além do corte de supersalários, permanecem em segundo plano, consideradas possibilidades de longo prazo devido a resistências e impopularidade no Congresso Nacional.

O foco principal do pente-fino será no Benefício de Prestação Continuada (BPC), de onde se espera a maior parte da economia. Também serão revisados os cadastros do seguro-desemprego, seguro-defeso e Proagro. A estratégia seguirá o modelo de pente-fino implementado no Bolsa Família no ano passado, que resultou em uma economia de R$ 7 bilhões em 2017, com a identificação ativa de irregularidades.

Além da urgência em enviar o PLOA até agosto, a revisão de gastos serve como um sinal para o mercado e para o Congresso, diante da pressão por redução das despesas públicas.

By Tribuna ABC

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