A liquidação de mais de US$ 1,5 bilhão em traders alavancados, ocorrida nas últimas 24 horas, abalou o mercado de criptomoedas. O movimento foi impulsionado por uma queda abrupta do Bitcoin (BTC) e das principais altcoins. Apesar disso, analistas sugerem que o evento pode ser a véspera de um rali de recuperação.
O impacto da liquidação
Dados da plataforma Coinglass mostram que a maioria das perdas foi de traders em posições long (compradas), atingindo US$ 135 milhões em BTC e US$ 202 milhões em Ethereum (ETH). A Dogecoin (DOGE) também sofreu forte impacto, com US$ 77 milhões liquidados em posições long.
Enquanto isso, o token Movement (MOVE) foi uma exceção, registrando liquidações de US$ 12,5 milhões em short (vendidas), o que pode estar relacionado a um airdrop significativo e sua recente listagem em grandes exchanges.
Contexto geopolítico e macroeconômico
A liquidação ocorre em um cenário de aumento da tensão geopolítica após a queda de Bashar al-Assad na Síria. O índice do medo (VIX) disparou, enquanto investidores buscaram ativos mais seguros, como títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e stablecoins lastreadas no dólar.
Simultaneamente, o índice do dólar americano (DXY) subiu para 106,32 pontos, reforçando a saída de capital do mercado de criptomoedas em direção a ativos de menor risco.
Possibilidades de reversão
Apesar do sentimento de incerteza, a plataforma de inteligência onchain Santiment sugere que o movimento pode ser revertido rapidamente. Altcoins que tiveram grandes altas nos últimos dois meses, como TRX, AVAX, DOT e FIL, são apontadas como potenciais candidatas para um rali de recuperação, caso o medo (FUD) no mercado diminua.
Oportunidades à vista
Alheio à queda, o mercado segue com olhos no futuro. Especialistas apontam para altcoins com potencial de alta expressiva até 2025, com previsões de valorização de até 1.000%. Essa expectativa de longo prazo reforça a crença de que o mercado cripto pode recuperar seu fôlego após as liquidações recentes.
Enquanto o BTC luta para se estabilizar, investidores institucionais e varejistas avaliam suas estratégias diante da volatilidade e incertezas globais.
