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Filipe Sabará e a vice Marina Helena na convenção do Partido Novo, que vai oficializar a candidatura dele à Prefeitura de São Paulo neste sábado (5); votação foi em esquema drive thru — Foto: Filipe Gonçalves/TV Globo
Filipe Sabará e a vice Marina Helena na convenção do Partido Novo, que vai oficializar a candidatura dele à Prefeitura de São Paulo neste sábado (5); votação foi em esquema drive thru — Foto: Filipe Gonçalves/TV Globo
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luis Felipe Salomão concedeu uma liminar e suspendeu a decisão do Partido NOVO que proibia o candidato Filipe Sabará de fazer campanha para a Prefeitura de São Paulo.
A decisão do ministro Luis Felipe Salomão é do dia 28 de setembro e divulgada na quarta-feira (30).
Em 23 de setembro, o Partido NOVO suspendeu temporariamente os diretos de filiação de Filipe Sabará. Em nota, o diretório nacional afirmou que a decisão foi tomada pela Comissão de Ética Partidária (CEP), mas não esclareceu os motivos.
“A decisão da CEP corre em sigilo, tendo o filiado o prazo previsto no nosso estatuto para a manifestação da sua defesa e posterior julgamento pela CEP”, disse o partido.
Na ocasião, Sabará afirmou estar sendo perseguido pelo ex-presidente do partido e por outros integrantes que discordam de suas posições políticas.
“Estou sendo perseguido pelo João Amoedo e por uma ala minoritária do Partido NOVO, pois ele não permite visões diferentes das dele dentro do partido. Por isso, estão arquitetando críticas infundadas para acabarem com a minha candidatura. Infiltrados do MBL [Movimento Brasil Livre] também estão nesse grupo de pessoas que estão tentando me derrubar”, respondeu o político.
Por conta da medida, o partido determinou a paralisação temporária das ações de campanha à Prefeitura de São Paulo.
De acordo com o documento do TSE, a suspensão ocorreu após denúncia de que teria informado dados curriculares falsos quando se apresentou para seleção interna de candidatos.
A decisão cita que “Em análise preliminar, constata-se que a penalidade de suspensão, prevista no art. 21, III, do Estatuto do NOVO, aplica-se apenas ‘nos casos de reincidência de infrações ou de conduta anteriormente apenada com advertência'”, diz. Além disso, o ministro alega que a proibição de realizar campanha, igualmente determinada pela legenda, é excessivamente gravosa e pode produzir dano irreparável.
O G1 procurou o partido e aguarda um posicionamento.
Semestre na FAAP
A Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) desmentiu a informação que era divulgada pela campanha de Filipe Sabará, dizendo que o candidato cursava pós-graduação em Gerência de Cidades na instituição.
Segundo a FAAP, Sabará cursou apenas um semestre do curso de Relações Internacionais na entidade, em 2003. O G1 procurou a campanha para esclarecer a informação divulgada pelo Partido Novo, e a assessoria de imprensa dele afirmou que “ele nunca falou que se formou na FAAP”.
“Ele fez algumas matérias lá e usou o crédito para se formar na Faculdade de São Paulo. Não sabemos [de onde surgiu a informação]”, afirmou a assessoria do candidato.
Candidatura
No dia 5 de setembro, Sabará foi oficializado candidato a prefeito de São Paulo em convenção realizada no estacionamento da Câmara Municipal, onde o partido teve nessa última legislatura uma cadeira parlamentar.
A legenda também lançou a economista Marina Helena como candidata a vice na chapa, e oficializou 35 candidaturas ao cargo de vereador.
Filipe Sabará tem 37 anos e foi secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo durante a gestão do prefeito João Doria (PSDB)
Com a eleição de Dória para o governo de SP, Sabará passou a presidir o Fundo Social do Estado de São Paulo, onde ficou até outubro de 2019.
Ele também é fundador da empresa de cosméticos naturais Reload Beleza Positiva, que reutiliza garrafas PET de água mineral como embalagem de produtos de beleza.