Volume de chuvas na bacia PCJ em setembro fica 73,5% abaixo da média histórica para o mês

Setembro termina com 73% a menos de chuva do que a média histórica nos rios da bacia PCJ

Setembro termina com 73% a menos de chuva do que a média histórica nos rios da bacia PCJ

O volume de chuva nas cabeceiras dos rios da bacia PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) em setembro foi de 22,2 milímetros, o que representa 73,5% a menos que a média histórica do mês, que é de 84 milímetros.

Secretário-executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz alerta que a água está ficando cada vez mais escassa e é necessário relembrar que todos devem repensar o uso dos recursos hídricos.

“Se as chuvas previstas principalmente para outubro não ocorrerem no mínimo próximo da média histórica, nós teremos problemas. Nós temos que entender a mensagem que a natureza nos mandou. E o recado que a natureza nos mandou é o seguinte: ‘eu preciso de ajuda, vocês, seres humanos têm que fazer a lição de casa, reservando a pouca água que chove, para que eu, natureza, possa revitalizar-me’”, afirma.

Pedras expostos em trecho do Rio Piracicaba que é cartão postal da cidade — Foto: Reprodução/ EPTV 1 de 2
Pedras expostos em trecho do Rio Piracicaba que é cartão postal da cidade — Foto: Reprodução/ EPTV

Pedras expostos em trecho do Rio Piracicaba que é cartão postal da cidade — Foto: Reprodução/ EPTV

“A vida da Rua do Porto é o rio. Sem o rio, nada aqui”, admite o vendedor de peixe Júlio Pacano.

“Isso aqui é muito importante para nossa respiração. Neste momento, a gente estava andando longe do Rio [Piracicaba], e a gente falou: vamos correr para a beira do rio andar, e deu uma diferença. É muito importante o rio e a natureza”, diz a funcionária de hotel Jasmira Godoy.

Rio Pirapitingui

Em Cosmópolis (SP), imagens do leito do Rio Pirapitingui, na altura da Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), impressionam.

O nível baixou a ponto de não haver mais água em alguns trechos. Na represa de captação Pirapitingui, único ponto de captação para abastecimento de Cosmópolis, é possível ver vegetação que ficava embaixo d’água completamente exposta, às margens do manancial.

A régua marca 1,5 metro de profundidade no ponto onde é feita a captação para todo o município.

Trecho do Rio Pirapitingui, em Cosmópolis, praticamente sem água — Foto: Reprodução/ EPTV 2 de 2
Trecho do Rio Pirapitingui, em Cosmópolis, praticamente sem água — Foto: Reprodução/ EPTV

Trecho do Rio Pirapitingui, em Cosmópolis, praticamente sem água — Foto: Reprodução/ EPTV

Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Cosmópolis, Fernando Costa informou que há um projeto de fazer um desassoreamento da represa.

“Assim que começar esse desassoreamento, essa parte que hoje é invadida por bancos de areia vai ser tomada por água e, consequentemente, vamos ter mais água para captação. A preocupação nossa é que chegue a falta realmente água para a população, principalmente neste ano, nesta estiagem forte, com pouca chuva”, revelou.

By Tribuna ABC

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